Vítor Pereira faz alterações confusas e mostra um Flamengo ainda sem direção na temporada

O clássico entre Flamengo e Fluminense na última quarta-feira foi um pacote cheio de emoções para ambos os lados. Há muito tempo não se via um FlaxFlu com todos os ingredientes de uma decisão, em um maracanã com mais de 56 mil pessoas. Assim, quem ligou a TV pôde presenciar, rivalidades, gols, estratégias, vibrações, dramas e algumas cenas lamentáveis que renderam até expulsão.

No entanto, esse caldeirão de emoções tinha todo o clima rubro-negro de apoiar e, ao mesmo tempo, pressionar a equipe por resultados. Dessa forma, Vítor Pereira escalou um Flamengo com seis mudanças. Deixando nomes como Pedro, Everton Ribeiro e Vidal no banco de reservas. Alguns jovens como Matheus França e Igor Jesus iniciaram a partida mostrando bom futebol.

Bom futebol, que surtiu efeito no primeiro tempo, gol um golaço de Everton Cebolinha, costurando a zaga do Fluminense para marcar 1 a 0. Além disso, o Flamengo pressionava o rival e se aproximava do segundo gol. Porém, o primeiro tempo tinha prazo de validade. Na segunda etapa o técnico Fernando Diniz mexeu na equipe, sacando um defensor e colocando mais poder ofensivo na equipe.

Quando foi a vez de Vítor Pereira mexer na equipe, o Maracanã virou um grande ponto de interrogação. O treinador tirou Gabriel Barbosa, para a entrada de Mateusão, mesmo tendo Pedro à disposição. De modo que, após tomar o empate, o Flamengo se viu na situação de precisar fazer gols, com seus jogadores principais de fora, assistindo à partida. O treinador justificou a escolha por conta da condição física do jogador, que estava relacionado para a partida. 

Essas alterações confusas acabaram com a paciência do torcedor no estádio, que passou a vaiar elenco e treinador durante o jogo. O Fluminense apertou o Flamengo até a virada. Enquanto o rubro-negro se encolheu na partida como se fosse, de fato, um time inferior ao seu rival. O Flamengo de Vítor Pereira destrói a qualidade de boa parte de seus jogadores e transformou a equipe mais forte da América em apenas um time comum.

Fim da linha para o português?

Desse modo, a torcida procura agora motivos que justifiquem a permanência do treinador. Embora, o pouco tempo de trabalho, a equipe vem regredindo naquilo que tinha de melhor há alguns meses, com o mesmo elenco. Pressão de sobra à diretoria e decepção de sobra ao torcedor que assiste à equipe perder quatro de quatro títulos possíveis.